Tornar-se cuidador informal: um desafio

Desde os primórdios da humanidade, os membros mais fragilizados (por doença, deficiência, acidente, velhice, etc.) eram cuidados pelos membros femininos do grupo/família. No entanto, com o envelhecimento demográfico que se verifica mundialmente e particularmente nos países europeus tem-se registado um aumento da prevalência de doenças crónico-degenerativas e incapacidades aumentando, deste modo, o número de pessoas que necessitam de apoio e cuidados proveniente de terceiros, principalmente a família e próximos, os chamados cuidadores.

Tornar-se e ser cuidador de uma pessoa dependente, quer a curto quer a longo prazo, é muito exigente física e psicologicamente além de ser um papel muito complexo. Uma exigência e uma complexidade que foi aumentando ao longo dos anos, sobretudo estes últimos devido à premissa atual de manter a pessoa dependente no seu domicílio o mais tempo possível e as elevadas exigências pedidas aos trabalhadores.

Mas afinal quem são estes cuidadores? Que perfil têm? Que funções exercem? Que razões os levam a tornarem-se cuidadores? Quais as competências necessárias? Que repercussões/consequências existem? Como é que nos tornamos cuidadores? Que cuidados a ter? …

Tantas perguntas e mais ainda que serão abordadas ao longo deste livro “Desafio de tornar-se cuidador informal”!!

• Breve síntese da história do cuidar;
• Definição e tipos de cuidadores;
• Estatuto do cuidador informal em Portugal;
• Perfil do cuidador informal;
• Fatores para adoção do papel de cuidador;
• Testemunho;
• Fatores de se tornar cuidador informal;
• Competências, responsabilidades/tarefas e papel do cuidador informal;
• Armadilhas do cuidar;
• Respostas sociais em Portugal;
• Apoios sociais em Portugal;
• Homenagem aos cuidadores informais;
• Os 10 “mandamentos” do cuidador informal.