Com o falecimento do ente querido, cuidado com tanto amor e dedicação, é comum surgir nos cuidadores informais enlutados um sentimento de culpa e autoquestionamento em relação às suas ações. O pensamento “Não fiz o suficiente como cuidador informal” pode assombrar essas pessoas, mesmo que tenham dado o seu melhor durante todo o tempo em que foram cuidadores informais.
Cuidar de alguém não é uma tarefa fácil e, muitas vezes, as circunstâncias estão fora do nosso controlo. É normal cometer erros ou sentir-se inadequado de vez em quando, pois o cuidador informal é um ser humano com os seus próprios limites e as suas necessidades. Além disso, o cuidador informal fez o seu melhor com os recursos, conhecimentos que tinha naquele momento. Mas o mais importante é que o cuidador informal fez tudo o que estava ao seu alcance para oferecer o melhor cuidado possível acrescido do amor e da dedicação.
Quando o sentimento “Não fiz o suficiente como cuidador informal” bater à porta, tente lembrar-se que é normal sentir que poderíamos ter feito mais. Aprender com estas experiências, aceitar que fez tudo o que estava ao seu alcance para proporcionar o melhor cuidado possível e seguir em frente são as três melhores formas de honrar a memória do seu querido familiar com amor e carinho.
Nesta caminhada do luto, não hesite em buscar apoio emocional, seja de amigos, familiares e/ou profissionais de saúde (nomeadamente psicólogos) para ajudar a lidar com esses sentimentos e encontra conforto nesse momento de luto.
Por fim, tente não se culpar pelo que poderia ter feito ou deixado de fazer. Lembre-se de todo o amor e dedicação que foi dedicado ao seu ente querido e saiba que essas memórias ficarão para sempre no seu coração. Você fez sim o suficiente, e o mais importante foi estar presente e cuidar com todo o seu amor. Aprenda a perdoar-se a si mesmo e permita-se seguir em frente, mantendo viva a lembrança e o legado daquele que tanto amou.